segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Dona do raio: o vento/A dona do raio e do vento - Maria Bethania


Juliana Pessoa. Oyá I. Carvão e giz sobre papel. 2,00 X 1,20m




Dona do raio: o vento
Composição de Dorival Caymmi


Vamos chamar o vento
Vamos chamar o vento



Vento que dá na vela
Vela que leva o barco
Barco que leva a gente
Gente que leva o peixe
Peixe que dá dinheiro, Curimã



Curimã ê, Curimã lambaio
Curimã ê, Curimã lambaio
Curimã
Curimã ê, Curimã lambaio
Curimã ê, Curimã lambaio
Curimã



Vamos chamar o vento
Vamos chamar o vento



Vento que dá na vela
Vento que vira o barco
Barco que leva a gente
Gente que leva o peixe
Peixe que dá dinheiro, Curimã



Vamos chamar o vento
Vamos chamar o vento



"É vista quando há vento e grande vaga
Ela faz um ninho no enrolar da fúria e voa firme e certa como bala
As suas asas empresta à tempestade 
Quando os leões do mar rugem nas grutas
Sobre os abismos, passa e vai em frente
Ela não busca a rocha, o cabo, o cais
Mas faz da insegurança a sua força e do risco de morrer, seu alimento
Por isso me parece imagem e justa 
Para quem vive e canta num mau tempo"




Dona do Raio e do Vento
Composição de Paulo Cesar Pinhero


O raio de Iansã sou eu

Cegando o aço das armas de quem guerreia 
E o vento de Iansã também sou eu 
E Santa Bárbara é santa que me clareia (2x)



A minha voz é vento de maio
Cruzando os mares dos ares do chão
Meu olhar tem a força do raio que vem de dentro do meu coração



O raio de Iansã sou eu
Cegando o aço das armas de quem guerreia
E o vento de Iansã também sou eu
E Santa Bárbara é santa que me clareia



Eu não conheço rajada de vento mais poderosa que a minha paixão
Quando o amor relampeia aqui dentro, vira um corisco esse meu coração
Eu sou a casa do raio e do vento
Por onde eu passo é zunido, é clarão
Porque Iansã desde o meu nascimento, tornou-se a dona do meu coração



O raio de Iansã sou eu...



Sem ela não se anda
Ela é a menina dos olhos de Oxum 
Flecha que mira o Sol 
Olhar de mim


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